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Jogador assassinado foi convidado para ter relações sexuais

A morte de Daniel ganhou mais um capítulo na manhã desta quinta-feira. Uma testemunha afirmou que Edison Brittes, suspeito do assassinato, teria convidado o jogador para ter relações sexuais com sua esposa, Cristiana Brittes. O ato foi divulgado por um conhecido de Edison ao site Massa news e teria acontecido horas antes da tortura contra o meia.

– Ele disse que estava muito louco, que convidou Daniel para dormir com a mulher dele. Ele sabia, a mulher também, foi um acordo. E depois que ele viu que realmente os dois estavam juntos na cama ele se revoltou e resolveu matar Daniel – disse a testemunha.

Edison ainda confidenciou a esse amigo que usou cocaína e drogas sintéticas antes de cometer o crime.

– A família tem direito de saber que Daniel não tentou estuprar ninguém, ele realmente foi inocente na história – concluiu.

Daniel, Edison Brittes e Cristiana (Imagens: Reprodução de internet)

Daniel foi encontrado morto no último dia 27 em uma plantação de pinos, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba.

O jogador pertencia ao São Paulo e estava emprestado para o São Bento (SP). Daniel surgiu nas categorias de base do Cruzeiro. Antes de se tornar profissional, reforçou o Botafogo em 2013, no qual teve espaço na equipe principal e se destacou no ano seguinte. Em dezembro de 2014, chegou a conversar com o Palmeiras, mas foi reprovado nos exames médicos e acabou contratado pelo São Paulo.

Edison Brittes Júnior, de 38 anos, suspeito de matar o jogador Daniel passou por exame de corpo de delito, nesta quinta-feira (8), no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. O exame é de praxe – feito sempre que alguém é preso.

Edison Brittes, a esposa dele Cristiana Brittes, de 35 anos, a filha do casal Allana Brites, de 18 anos, e mais três homens estão presos suspeitos de envolvimento na morte do atleta.

Allana e Cristiana Brittes também fizeram exame de corpo de delito nesta quinta-feira. Logo em seguida, elas, que também estavam na delegacia de São José dos Pinhais, foram levadas para a Penitenciária Feminina de Piraquara, também na Região de Curitiba.

Segundo as investigações, o jogador foi morto depois de uma festa em comemoração ao aniversário da filha de Edison, Allana Brittes, que começou em uma casa noturna, em Curitiba, na noite de sexta-feira (26), e terminou na manhã de sábado (27), na casa da família Brittes.

A polícia disse que Daniel começou a ser espancado na casa e, em seguida, foi levado para um matagal, onde o corpo foi encontrado.

O delegado Amadeu Trevisan afirmou que o jogador estava muito embriagado e não teve como reagir às agressões.

Edison, Allana e Cristiana Brittes prestaram depoimento à polícia sobre o caso. Eles afirmaram que o jogador tentou estuprar Cristiana. O delegado disse que não houve tentativa de estupro.

Nesta quinta-feira, a família de Daniel, que mora em Minas Gerais, esteve na Delegacia de São José dos Pinhais para prestar depoimento. Familiares informaram que Edison entrou em contato com os parentes do jogador, por telefone, após o crime.

A polícia também ouviu pessoas que estavam na casa da família na data do crime. As testemunhas disseram em depoimento não terem ouvido gritos de Cristiana, pedindo socorro, conforme relataram a própria Cristiana e a família.

As testemunhas também informaram que não viram a porta do quarto do casal arrombada. Uma dessas testemunhas disse no interrogatório que escutou o jogador Daniel pedindo por ajuda, ao ser espancado, e dizendo que não queria morrer.

Eduardo Henrique da Silva, de 19 anos, foi preso pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na noite desta quarta-feira (7), suspeito de participar da morte do jogador Daniel Correa Freitas.

O jovem, segundo a polícia, é primo de Cristiana Brittes, esposa de Edison Luiz Brittes Júnir, suspeito de ter matado o jogador. Silva foi preso na casa onde mora, em Foz do Iguaçu.

O mandado de prisão temporária contra ele foi expedido pela 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).

Edson Stadler, advogado de Eduardo da Silva, disse que vai se manifestar somente depois que o cliente dele prestar depoimento à polícia.

De acordo com o coordenador do Gaeco em Foz do Iguaçu, promotor Tiago Mendonça, o jovem ficou calado por orientação da defesa e só deve ser novamente ouvido pela polícia de São José dos Pinhais. Ainda não há previsão da data do depoimento.

Silva foi levado para a Cadeia Pública Laudemir Neves na manhã nesta quinta-feira (8), onde vai aguardar a transferência para a RMC.