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Audiência pública discute privatização da Cedae

O plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ficou lotado na manhã desta quarta-feira(5), durante audiência que discutiu a privatização da Cedae, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos.

 

No início da sessão, o presidente da Cedae, Jorge Briard, fez uma longa apresentação sobre o projeto de saneamento básico para o estado e os caminhos que estão sendo trilhados pela companhia.

Briard disse que o déficit sanitário no país é muito grande, que são necessários recursos federais, estaduais e de empresas, mas que isso precisa ser feito de forma a garantir a qualidade da água para a população.

O presidente afirmou, ainda, que “entregar a operação da cidade do Rio para a iniciativa privada é acabar com a Cedae” e apresentou uma alternativa à proposta que está sendo discutida pelos governos federal e estadual e o BNDES.

O modelo apresentado corresponde a uma fração da proposta do BNDES, que prevê conceder os serviços nas 64 cidades atendidas pela companhia.

O secretário-geral do Sindicato de Saneamento e Meio Ambiente do Rio de Janeiro, Paulo Sérgio Farias, disse que a privatização “prejudicaria a população mais pobre”. Ele defende que a distribuição de água e o tratamento de esgoto permaneçam como atribuição do estado.

Durante a audiência, o deputado Luís Paulo pediu ao presidente da Cedae uma cópia do ofício encaminhado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles, que pediu a inclusão da Companhia no Programa de Parcerias e Investimentos do governo federal. Procurado, o governo do estado disse que não se pronunciaria sobre o assunto.

 

 

 

(EBC)