Em dezembro de 1990, sete países – Angola, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Portugal, Guiné-Bissau e Moçambique – assinaram o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa em Lisboa. Em 2004, o Timor-Leste também retificou o documento após conquistar sua independência. Este tratado internacional tem o objetivo de unificar as normas do idioma entre os países que têm o português como língua oficial, chamados lusófonos. Para conversar sobre este tema, o quadro Pode Cair no Enem entrevistou o professor de português do site Aulalivre.net, Maurício Leopoldo. ”O Enem se preocupa com as mudanças na língua. A partir de 2016, todas as regras do Acordo estão valendo, mas nos noticiários muitas palavras já não são grafadas como antes”, observa o professor.
Tempos Modernos
As abreviações de palavras também merecem cuidado na hora da redação. A escrita usada na Internet, marcada pela rapidez e simplicidade, não é adequada para exames. ”As abreviações são ideais para a comunicação entre jovens, porém são um perigo. Minha dica para quem quer se sair bem é utilizar as redes sociais para treinar a grafia correta das palavras. O segredo é evitar encurtar os termos até a hora da prova”, aconselha.
As regras do Acordo Ortográfico serão cobradas definitivamente apenas no ano de 2016. Por isso, as bancas examinadoras e os setores da Educação ainda aceitam as duas regras ortográficas. No entanto, para Maurício Leopoldo, este motivo não justifica a falta de conhecimento sobre o regimento do Acordo Ortográfico. ”Quanto mais o aluno mostra o domínio da grafia, melhor. O ideal é saber o máximo possível de todo o conteúdo”.