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Secretaria de Segurança lançam a 2ª etapa da campanha de entrega voluntária de armas no estado do Rio

A Secretaria de Segurança, o governo federal e o Viva Rio lançaram a segunda etapa da campanha de entrega voluntária de armas e munições no estado do Rio, que terá como foco o interior fluminense. A inciativa tem o objetivo de conscientizar a sociedade civil e reciclar os profissionais de Segurança Pública em relação aos procedimentos adotados para a entrega de armas de fogo, legalizadas ou não, nos postos credenciados. Na sexta-feira, o encontro de conscientização chegará à cidade de Resende, no Sul fluminense. As ações no interior serão realizadas de acordo com as Regiões Integradas de Segurança Pública (RISPs).

– Estamos convocando as polícias militar e civil e a sociedade no sentido de sensibilizar todos para a importância da coleta destes armamentos. Hoje o evento aconteceu na cidade do Rio, amanhã iremos para Rezende. Após os primeiros dois encontros avaliaremos os resultados para programarmos nossas próximas ações. Estamos focando o interior para que a campanha abranja o maior número de pessoas– explicou a representante da Subsecretaria de Educação, Valorização e Prevenção da Secretaria de Segurança Pública, Sylvana Pereira.

Desde 2011 as polícias militar e civil do Rio de Janeiro têm participado ativamente da campanha de desarmamento. De acordo com o capitão Fabrício Martins, subcoordenador da campanha, as forças de segurança estaduais já recolheram aproximadamente 10 mil itens, considerando armas de fogo, munições e acessórios.

– As forças de segurança estaduais foram incorporadas à campanha de desarmamento em 2011 quando ocorreu a tragédia na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo. Hoje é possível entregar e diversos locais no estado do Rio em batalhões e delegacias. No caso dos policiais, nosso intuito é conscientizá-los para que entendam que como cidadãos e profissionais de segurança eles devem divulgar a campanha de desarmamento – destacou o capitão.

 

Para o representante da Sociedade Civil na campanha, Luiz Carlos da Silveira, a participação do poder público estadual tem sido fundamental para garantir a divulgação da iniciativa, que é permanente.

– Esta é uma retomada de uma campanha permanente em parceria com a Segurança Pública, apoio fundamental para mantermos viva a ação pelo desarmamento – ressaltou Silveira.

Mãe de uma vítima de arma de fogo, Regina Maia Borballo, de 68 anos, participou do evento promovido no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC).

– Sou uma defensora desta campanha. Meu filho foi vítima de arma de fogo, era inocente, um homem de bem, e foi morto na década de 90. As ações de conscientização são importantes. Luto pelo desarmamento e pela humanização das polícias.

– Temos muitos pacientes que já receberam alta, mas que permanecem no hospital por não possuírem vínculo familiar ou porque não têm para onde ir. Reintegrando o paciente à sua família, a unidade ganha mais um leito que será destinado a outro paciente que, de fato, precisa de tratamento. O papel do assistente social neste momento é fundamental porque, além da busca ativa da família, faz a ponte entre a unidade e o Ministério Público – conta o diretor do HEER, Edson Nunes.