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Policiais investigados por envolvimento com tráfico se entregam à corregedoria em SP

 

Três policiais civis investigados por envolvimento com o tráfico de drogas se entregaram hoje (30) à Corregedoria-Geral da Polícia Civil. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública, Daniel Dreyer Bazzan, Leonel Rodrigues Santos e Silvio Cesar de Carvalho Videira se apresentaram ao órgão por volta das 6h de hoje (30).

No total, treze policiais e ex-policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) tiveram a prisão preventiva decretada no dia 15 de julho, suspeitos de envolvimento com traficantes de drogas. Sete deles já haviam sido presos no mesmo dia. Dois policiais, segundo a corregedoria, foram soltos na semana passada. As investigações da Corregedoria-Geral da Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo indicam que eles recebiam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil por ano em propinas, pagas por traficantes. Os policiais responderão por crimes de formação de quadrilha, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro.

A corregedoria informou ter adotado todas as providências legais cabíveis e que instaurou procedimentos para apurar a conduta de cada policial envolvido na investigação. Já a Polícia Civil disse que não compactua com desvios ou prática de ilícitos por parte de policiais.

Ontem (30), delegados fizeram uma manifestação pelas ruas do centro de São Paulo contra as prisões. Eles saíram em caminhada, por volta das 14h30, da sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. O grupo passou em frente ao prédio da prefeitura, da Secretaria de Segurança Pública e chegou à sede do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), órgão que comanda as investigações. Após o protesto, representantes do Ministério Público e das chefias da Polícia Civil se reuniram e decidiram que terão reuniões periódicas para tratar de questões institucionais e melhorar a cooperação entre os órgãos.

Delegados de São Paulo protestam contra prisões na Denarc

29/07/2013
Delegados de polícia fazem hoje (29) protesto pelas ruas do centro da cidade contra a prisão de delegados do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que são investigados por envolvimento com o tráfico de drogas. Eles saíram em caminhada, por volta das 14h, da sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

O grupo passou em frente ao prédio da prefeitura, da Secretaria de Segurança Pública e chegou à sede do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), órgão que comanda as investigações da operação sobre a relação de policiais com o tráfico de drogas. Uma comissão de três representantes da manifestação foi recebida no órgão para discutir as reivindicações da categoria.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo alega que as prisões pedidas pelo MP-SP são ilegais. “No caso dos delegados de polícia, eles foram presos sem qualquer prova”, disse o presidente do sindicato, George Melão. Ele explica que a Polícia Civil tem uma corregedoria, que é responsável por apurar desvios de conduta. “Não estamos aqui para acobertar conduta criminosa de ninguém. Queremos que o Ministério Público promova a Justiça”, disse Melão.

No último dia 15, teve início uma operação conjunta do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Civil com objetivo de investigar policiais do Denarc, acusados de formação de quadrilha, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro. Segundo as investigações, eles recebiam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil por ano em propinas, pagas por traficantes. Ao todo, 13 mandados de prisão temporária foram expedidos.

A assessoria de imprensa do Ministério Público de São Paulo informou que irá se pronunciar, por meio de nota, após a reunião com a comissão. Não foi informado quem é o representante do MP-SP, participa do encontro.

Após protesto de delegados, MP-SP e Polícia Civil acertam reuniões periódicas

29/07/2013



O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e as chefias da Polícia Civil vão ter reuniões periódicas para tratar de questões institucionais e melhorar a cooperação entre os órgãos. A decisão foi tomada após encontro entre o órgão e três representantes dos delegados de polícia que protestaram hoje (29).

Os delegados fizeram uma manifestação pelas ruas do centro da cidade contra a prisão de colegas do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que são investigados por envolvimento com o tráfico de drogas. Eles saíram em caminhada, por volta das 14h30, da sede da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. O grupo passou em frente ao prédio da prefeitura, da Secretaria de Segurança Pública e chegou à sede do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), órgão que comanda as investigações.

Para a presidenta da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, Marilda Pansionato Pinheiro, havia um clima de desconforto entre as duas instituições. “A Polícia Civil, especialmente nós, os delegados de polícia, ficamos muito sucateados. Fomos colocados em uma situação de inferioridade. E isso acabou causando um certo desconforto, talvez. E depois com a [Proposta de Emenda à Constituição] PEC 37, com tudo aquilo que a gente assistiu, isso acabou se acirrando”, avaliou.

A PEC 37, que restringia o poder de investigação do Ministério Público (MP), acabou rejeitada pela Câmara dos Deputados. O problema se acirrou, na opinião de Marilda, com as prisões dos delegados do Denarc, consideradas arbitrárias pela categoria.
No último dia 15, teve início uma operação conjunta do Ministério Público e da Corregedoria da Polícia Civil com objetivo de investigar policiais do Denarc, acusados de formação de quadrilha, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro. Segundo as investigações, eles recebiam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil por ano em propinas, pagas por traficantes. Ao todo, 13 mandados de prisão temporária foram expedidos.

O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo alega que as prisões pedidas pelo MP-SP são ilegais. “No caso dos delegados de polícia, eles foram presos sem qualquer prova”, disse o presidente do sindicato, George Melão. Ele explica que a Polícia Civil tem uma corregedoria, que é responsável por apurar desvios de conduta. “Não estamos aqui para acobertar conduta criminosa de ninguém. Queremos que o Ministério Público promova a Justiça”, disse Melão.

Após prisão de policiais, governo de São Paulo modifica estrutura da Corregedoria da Polícia Civil

23/07/2013

 Após dez policiais do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) terem sido presos por suspeita de envolvimento com o tráfico de drogas, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou um decreto dando mais poder de ação à Corregedoria da Polícia Civil. O decreto foi publicado hoje (23) no Diário Oficial do Estado.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, entre as mudanças está a ampliação das equipes de plantão na corregedoria, que é responsável por investigar faltas funcionais e crimes praticados por policiais civis. Os plantões ficarão a cargo das cinco delegacias da Divisão de Crimes Funcionais. Outra mudança é a criação de uma ferramenta de inteligência, o Serviço Técnico de Análise de Perfis Criminosos e Transgressores, que vai substituir o antigo Serviço Técnico de Comunicações Virtuais.

“A partir de um cadastro com as informações dos policias que cometem crimes e aqueles que praticam faltas funcionais, nós vamos chegar a um perfil padrão de quem transgride”, disse Nestor Sampaio Penteado Filho, corregedor-geral da Polícia Civil.

Está prevista também alteração na Unidade de Inteligência Policial, que agora deixa de ser atrelada à Assistência Policial da Corregedoria para fazer parte da Divisão de Informações Funcionais. A mudança vai possibilitar, segundo a secretaria, dar mais agilidade à produção e ao acesso aos dados e informações de interesse da corregedoria.

No último domingo (21), um dos 13 policiais civis investigados por envolvimento com o tráfico se entregou à corregedoria. As investigações indicam que eles recebiam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil por ano em propinas, pagas por traficantes. Os policiais responderão por crimes de formação de quadrilha, roubo, tortura e extorsão mediante sequestro. Três policiais continuam foragidos.

 

Fonte  Agência Brasil