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Maior miliciano do Rio é preso

toni angelo
O ex-policial militar Toni Ângelo de Souza Aguiar Chefe do maior grupo miliciano do Rio,  foi preso na madrugada de sábado (27-7), por policiais militares do 40º BPM (Campo Grande) após levar um tiro na boca numa boate em Campo Grande, na Zona Oeste. A polícia teme, agora, que haja uma guerra pelo controle das atividades ilegais exploradas pelo grupo, que renderiam R$ 1 milhão por mês.
A troca de tiros ocorreu após uma discussão do ex-policial com o agente penitenciário Anderson Terra dos Santos, filho do ex-policial militar Júlio César de Oliveira dos Santos. Conhecido como Julinho Tiroteiro, ele é um desafeto de Toni e está preso na Penitenciária Federal de Porto Velho, em Rondônia.
“Ao que tudo indica, o Toni foi lá para matar o Anderson”, disse o delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divisão de Homicídios e responsável pela investigação.
Segundo testemunhas, após um bate-boca, Toni acertou um soco em Anderson, que já caiu no chão atirando e o acertando. Em seguida, Anderson recebeu tiros de diferentes direções, todos vindos dos seguranças do miliciano. Ele foi atingido por quatro disparos de pistola.
Segundo a polícia, Anderson não tinha passagem pela polícia. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, ele estava na função há um ano.
Enquanto Toni era levado por seguranças particulares para o Hospital Oeste D’Or, no mesmo bairro, o serviço 190 da PM recebia a informação do ocorrido, o que levou policiais do 40º BPM a percorrerem hospitais da região até encontrá-lo.
Segundo Alexandre Capote, titular da Delegacia de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), havia 12 mandados de prisão contra Toni, por homicídio, formação de quadrilha, extorsão e milícia privada.
Policiais vigiam cada andar do hospital
Tão logo Toni se recupere, a Secretaria de Segurança do Rio pedirá à Justiça a transferência dele para um presídio federal, a exemplo dos demais milicianos de peso presos. O chefão paramilitar deixará para trás uma vida dividida entre o luxo e o medo de ser preso.
Toni costuma andar cercado por muitos seguranças, armados com fuzis e pistolas. No sábado, a polícia calcula que havia entre seis e dez capangas com ele. Esses seguranças foram os responsáveis por levar Toni para o hospital, onde ele chegou por volta das 4h.
Internação no CTI
Ferido na boca, o paramilitar está internado no CTI do hospital, em estado estável. Policiais civis e militares reforçaram a segurança em todo o entorno do local. Em cada andar do prédio era possível ver homens da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) armados. A polícia teme um resgate de Toni.
“Ele é uma ameaça. Tem que ir para um presídio federal. Isso é fundamental, considerando o poder dele”, disse o delegado Alexandre Capote.