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Metalúrgicos avaliam proposta da GM que prevê salários mais baixos para novos contratos

Os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, avaliam hoje (13), em assembleia marcada para as 14h30, a proposta, apresentada na última segunda-feira (8) pela montadora, que prevê novas condições salariais para a contratação de trabalhadores em caso de a empresa escolher aquela localidade para a instalação de uma nova fábrica.

De acordo com a GM, a montadora avalia cinco cidades, três no Brasil e duas no exterior, onde fará novos investimentos previstos em R$ 2,5 bilhões. Na assembleia de hoje (13) à tarde, a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos deverá manter-se neutra quanto ao pré-acordo, com validade de 10 anos, em que a empresa fixou piso salarial de R$ 1,7 mil para os futuros empregados, caso a nova unidade seja instalada no complexo do município paulista onde trabalham, atualmente, 6.610 pessoas.

Segundo o sindicato, esse valor é quase a metade do piso médio recebido pelos antigos metalúrgicos (R$ 3 mil). Pela proposta, caiu também o valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), estabelecido em R$ 10 mil – a média atual varia de R$ 15 a R$ 16 mil. O novo valor deve começar a ser pago em 2015 com correção, nos anos posteriores, baseada na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC).

O último investimento da GM naquele complexo ocorreu em 2008 quando foram aplicados R$ 800 milhões. Desde o ano passado, sindicalistas e representantes da montadora têm se reunido para evitar a desativação de unidades após a montadora ter anunciado um excedente de mais de 1,8 mil empregados.

Com a intenção de desativar a linha de montagem do modelo Classic até o final deste ano, a empresa pretende lançar um Programa de Demissão Voluntária (PDV) para minimizar o impacto das despesas com pessoal – que devem chegar a 750 metalúrgicos.

 

Da Agência Brasil