Levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) indica que mais de mais 40 universidades em todo o país foram alvo de operações da Justiça Eleitoral e da polícia nos últimos dias. Em entrevista nesta sexta, no Rio de Janeiro, representantes da Andes e de outras entidades da área de educação afirmaram estudar medidas jurídicas contra as ações policiais nos campi.
A secretária geral da Andes, Eblin Farage, afirmou que, em 40 anos de existência, a entidade nunca registrou acontecimentos como os atuais. “Está ultrapassando os níveis de racionalidade. Agressões individuais estão sendo incentivadas, mas é mais grave quando a Justiça legítima isso”, completou.
Em manifesto divulgado na quinta, a Andes, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais (Sinasef), o Sindicato dos Trabalhadores do Instituto Federal do Rio de Janeiro (Sintifrj) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) acusam a Justiça Eleitoral de agir no interesse do candidato do PSL, Jair Bolsonaro.
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) também divulgou uma nota, em que afirma que “não é permitida a propaganda eleitoral partidária em bens de uso comum”. A nota não explica, no entanto, por que uma bandeira contra o fascismo teria sido considerada propaganda eleitoral contra um candidato em especial