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Vereadores do Rio rejeitam impeachment contra Marcelo Crivella

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A Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou, por 29 votos a 16, o pedido de abertura de impeachment do prefeito, Marcelo Crivella, por crime de responsabilidade e improbidade administrativa. Foram protocolados dois pedidos, pelo vereador Átila Nunes (MDB) e pelo diretório municipal do PSOL.

Em ambos foi citada uma reunião promovida pelo prefeito no Palácio da Cidade, sede oficial da prefeitura, no último dia 4, a um grupo de fiéis evangélicos, quando foram feitas promessas de atendimentos de saúde e isenção de IPTU para igrejas.

Desde antes do início da sessão, marcada para as 14h, grupos de manifestantes de ambos os lados já se colocavam nos arredores da Câmara do Rio, na Cinelândia. A troca de provocações seguiu nas galerias.

No plenário, Átila Nunes ressaltou, em seu discurso da tribuna, que Crivella não poderia governar apenas para uma parcela da população. “Não podemos ser omissos neste momento. Diversas denúncias aconteceram neste ano e meio de mandato. Ele não pode governar para uma parcela da sociedade. Os áudios gravados são do próprio Crivella, fazendo promessas indevidas. O que decidirmos aqui vai sinalizar para as futuras administrações que se deve governar para todos”, disse o vereador.

Já o líder do governo na Câmara, vereador Doutor Jairinho (MDB), considerou que o país passa por problemas muito mais graves para serem resolvidos e que a reunião de Crivella não é motivo para impeachment. “O país passa por tantos problemas e vai se falar em reunião secreta? Quem vai dizer se ele deve governar a cidade é lá em 2020 [nas próximas eleições] e não através de golpe”, disse Jairinho.

Com a rejeição do pedido de impeachment, Crivella ainda poderá enfrentar denúncia por violar o princípio do estado laico na administração muncipal e privilegiar apenas um segmento religioso em diversos atos. A ação Civil Pública foi ajuizada ontem (11) pelo Ministério Público Estadual. Se condenado, o prefeito pode perder o cargo e pagar multa equivalente a R$ 500 mil.

(Fonte Agência Brasil)

Veja como votou cada vereador

Contra a abertura da investigação:

  • Alexandre Isquierdo (DEM)
  • Carlo Caiado (DEM)
  • Cláudio Castro (PSC)
  • Daniel MArtins (PDT)
  • Dr. Carlos Eduardo (SD)
  • Dr. Jairinho (MDB)
  • Dr. Jorge Manaia (SD)
  • Eliseu Kessler (PSD)
  • Felipe Michel (PSDB)
  • Inaldo Silva (PRB)
  • Italo Ciba (Avante)
  • Jair de Mendes Gomes (PMN)
  • Jones Moura (PSD)
  • Júnior da Lucinha (MDB)
  • Luiz Carlos Ramos Filho (Pode)
  • Marcelino D’almeida (PP)
  • Marcelo Arar (PTB)
  • Otoni de Paula (PSC)
  • Prof. Célio Lupparelli (Dem)
  • Prof. Adalmir (PSDB)
  • Rocal (PTB)
  • Tânia Bastos (PRB)
  • Thiago K. Ribeiro (MDB)
  • Tiãozinho do Jacaré (PRB)
  • Val Ceasa (Patri)
  • Vera Lins (PP)
  • Welington Dias (PRTB)
  • Willian Coelho (MDB)
  • Zico Bacana (PHS)

A favor da abertura da investigação:

  • Babá (Psol)
  • Cesar Maia (DEM)
  • David Miranda (Psol)
  • Fernando Willian (PDT)
  • Leandro Lyra (Novo)
  • Leonel Brizola (Psol)
  • Luciana Novaes (PT)
  • Paulo Pinheiro (Psol)
  • Rafael Aloisio Freitas (MDB)
  • Reimont (PT)
  • Renato Cinco (Psol)
  • Rosa Fernandes (MDB)
  • Tarcísio Motta (Psol)
  • Teresa Bergher (Psdb)
  • Ulisses Marins (PMN)
  • Zico (PTB)