Foram quase 10 horas de reunião até que a comissão especial aprovasse o relatório da proposta de emenda à Constituição da reforma da Previdência. Vinte e três deputados votaram a favor do texto e 14, contra.
O relator Arthur Maia, do PPS, comemorou o resultado.
Para a votação, o PSDB e o Democratas substituíram cinco deputados da base governista que atuavam na comissão especial desde fevereiro, mas sinalizavam que votariam contra a proposta. O governo precisava de 19 votos e teve apenas quatro de vantagem.
Agora, o texto segue para o plenário da Câmara, onde são necessários três quintos dos votos para aprovar a PEC. Ou seja, 308 deputados.
O deputado Alessandro Molon, da Rede, avaliou que o governo ainda não tem essa quantidade de votos.
Em nota oficial, o presidente Michel Temer declarou que o número de votos favoráveis demonstra o reconhecimento da sociedade brasileira quanto à necessidade e à urgência de reformar o sistema previdenciário no Brasil. E pediu que os parlamentares da base governista renovem seu empenho com a agenda de reformas.
A oposição promete acelerar a tramitação da reforma da Previdência para não dar tempo ao governo de ampliar a base de apoio. Já os deputados governistas dizem que isso não é preciso, porque já teriam os 308 votos.
O ministro da Fazenda também está confiante na aprovação da proposta. Henrique Meirelles pediu que a votação em plenário seja o quanto antes.
O governo ainda não sabe com exatidão o impacto que o parecer apresentado por Arthur Maia terá na economia com a reforma da Previdência. Inicialmente, a expectativa era de poupar R$ 830 bilhões no prazo de 10 anos. Agora, Meirelles estima que o texto pode reduzir esse valor em pelo menos 25% para R$ 620 bilhões.
(Fonte Agência Brasil)