A garrafa de álcool usada para incendiar a réplica da Taça da Copa do Mundo, que ficava em via pública, na Rua Feliciano Sodré, em frente ao nº 56, Varzea, Teresópolis, o Facebook e imagens de câmeras de segurança no local, ajudaram os policiais da 110ª DP (Teresópolis) a identificar, localizar e apreender, nesta quarta-feira (21/05), o incendiário, um menor de 17 anos. Ele foi autuado por fato análogo a dano qualificado ao patrimônio público e emprego de substância inflamável.
Ao tomarem conhecimento do atentado ao monumento, ocorrido às 3h da madrugada de ontem (20/05), o delegado titular Marcos Antônio da Silva e o delegado adjunto Evaristo Pontes Magalhães realizaram buscas no local e encontraram uma garrafa de álcool. Durante ainvestigação, foi constatado que o álcool foi adquirido por volta das 17h30 de segunda-feira(19), na Terê Farma, localizada na Rua Feliciano Sodré, próximo ao local do fato.
Após diligências – inclusive em perfis do Facebook, onde constavam comentários sobre o assunto – e analises de câmeras de segurança das proximidades, eles chegaram ao autor do crime. Na delegacia, o balconista da farmácia reconheceu formalmente o menor, por meio de fotografia, como sendo o cliente que comprou a garrafa de álcool.
Peça chave
“Graças à garrafa de álcool nós desvendamos o caso. Ela tinha a etiqueta da farmácia. Fomos lá verificamos o número do lote do álcool, que batia”, disse o inspetor Gabriel Hanskolk. De acordo com o policial, eles apuraram que o criminoso fazia parte de uma turma de pichadores. Um agente rastreou o perfil de um deles no Facebook, cuja aparência era semelhante ao homem que nas imagens das câmeras de segurança aparecia numa bicicleta ateando fogo na réplica da taça.
“Imprimimos a imagem e levamos para o funcionário da farmácia ver. Ele e o motoboy, que estava na hora da venda, reconheceram o menor. Ele (o menor) comprou álcool hospitalar 70graus. Custa mais caro, R$ 6. Poucas pessoas compram. Isso chamou a atenção do vendedor”, disse o inspetor.
“Taça feia” – O menor foi conduzido à unidade policial com sua mãe e confirmou, em depoimento, que era o autor do dano. Segundo os policiais, ele disse que arquitetou a ação sozinho porque achou “a taça feia”, e decidiu incendiá-la.
O adolescente foi liberado à sua mãe mediante termo de compromisso para comparecimento ao Ministério Público da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, assim que solicitado.
A taça, confeccionada em fibra de vidro, tinha seis metros de altura por dois e meio de largura e pesava 300 quilos. De acordo com os policiais, era avaliada em R$ 8 mil.