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Casamento da neta do dono de empresa de ônibus no Rio é marcado por protesto

Um manifestante identificado como Juan Martins, de 24 anos, foi atingido por um cinzeiro durante a manifestação na frente do hotel Copacabana Palace, na Zona Sul do Rio, na madrugada deste domingo (14/07). No local, acontecia a festa de casamento de Beatriz Barata – neta do empresário do setor de transporte do Rio conhecido como “Rei do Ônibus”, Jacob Barata.

O custo das tarifas de ônibus foi o estopim para manifestações em várias cidades do Brasil, inclusive no Rio de Janeiro, em junho deste ano.

O protesto começou em frente à Igreja do Carmo, no centro da cidade, onde ocorreu a cerimônia de casamento. Após o término da celebração, os manifestantes foram para o Hotel Copacabana Palace, na zona sul, onde aconteceu a festa.

Os manifestantes gritaram palavras de ordem na frente do hotel e insultaram pessoas que entravam ou saíam do local. Por volta das 2h45, convidados da festa foram para as janelas e começaram a fazer gestos obscenos para os manifestantes.

Pedras e garrafas foram atiradas na direção dos seguranças e de policiais que barravam a entrada do hotel. Os convidados da festa também jogaram objetos em direção a calçada. O jovem atingido pelo cinzeiro foi levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e garante que vai voltar às ruas para novas manifestações. Às 3h, policiais usaram bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar os cerca de 50 manifestantes, que continuaram exaltados.

 

A Polícia Militar divulgou a seguinte nota:

O Batalhão de Choque foi acionado para conter um tumulto envolvendo um grupo de manifestantes, que realizava um protesto em frente ao hotel Copacabana Palace, na madrugada deste domingo (14.07). Segundo o relato de policiais militares do 19º batalhão (Copacabana), um manifestante foi atingido por um objeto que teria sido jogado da sacada do hotel, o que provocou a reação dos manifestantes, que passaram a jogar pedras em direção ao hotel.

Para conter o tumulto generalizado e evitar que pessoas fossem feridas, o Batalhão de Choque usou bombas de efeito moral e spray de pimenta. Não houve a utilização de bombas de gás lacrimogêneo.