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Mãe enterra filha de 10 anos viva

Uma mulher, de 29 anos, matou a filha de 10 anos, após a menina afirmar que o padrasto teria a estuprado. O caso ocorreu no sábado (21), em Brasilândia (MS). Segundo a polícia, a mãe da menina ainda teria obrigado o outro filho, de 13 anos, a ajudar a enterrar o corpo da garota. As informações são do portal Campo Grande News.

De acordo com o depoimento do adolescente, a mãe enforcou a menina e a colocou de cabeça para baixo em um buraco. A criança ainda estaria viva, pediu por socorro e mexeu os pés. No entanto, a menina já estava “enterrada” e a mãe pisou por cima do local para “socar a terra”.

O menino de 13 anos relata ainda que estava jogando bola, chegou em casa no início da tarde, quando viu a mãe brigando com a irmã. A mãe teria dito ao adolescente: “ela não vai viver mais porque essa menina é mentirosa”.

A mulher também teria dito ao filho que a menina relatou ter sido vítima de abuso sexual por parte do padrasto. No momento da discussão, o padrasto estava dormindo e os demais irmãos jogavam videogame.

A polícia soube do caso pela própria mãe. Depois de ir três vezes ao local do crime para constatar se a filha estava morta, a mulher procurou a delegacia de Polícia Civil e disse que a menina havia desaparecido após ter sido deixada por ela em uma praça com o irmão. Horas depois, ligou para a Polícia Militar e contou que havia matado a criança e queria se entregar.

Os policiais então foram ao encontro da mulher, ela falou sobre o que havia acontecido e levou os militares ao local do crime: um buraco perto do lixão do município. Lá, foi encontrado o cadáver da menina, enterrado de cabeça para baixo.

A Polícia Civil e o Conselho Tutelar foram informados e em conversa com o irmão da vítima, ele confessou que havia ajudado a mãe. Ele tinha arranhões nas pernas, o que fez com que fosse levantada suspeita sobre o envolvimento dele.

O adolescente contou aos policiais que a mãe derrubou a filha no chão e passou a enforcá-la com fio elétrico. Na versão do garoto, a irmã pedia por socorro para que não fosse morta. Em seguida, eles encontraram um buraco no chão e colocaram a vítima ainda viva, enterrando em seguida, ficando apenas os pés para fora.

Conforme a Polícia Civil, o médico legista observou, no exame necroscópico, que a vítima apresentava várias lesões pelo corpo, indicando possível ocorrência de tortura. A causa da morte foi asfixia mecânica por compressão do tórax, compatível com o relato do adolescente.

O garoto revelou ainda que a mãe ficou enfurecida porque a irmã havia dito que estava sendo abusada sexualmente pelo padrasto e prometeu matá-la caso continuasse falando sobre o assunto. Em seguida, ela chamou ambos para sair de carro e parou em uma estrada fora da cidade, onde iniciou as agressões e matou a filha.

A mulher manifestou o direito de falar apenas em juízo. Informalmente, disse aos policiais ter matado a filha em um momento de raiva, negando que a motivação fosse a revelação do abuso sexual praticado pelo padrasto.

A Polícia Civil identificou uma testemunha que relatou que a menina havia mencionado, no final do ano passado, ter sido vítima de abuso por parte do padrasto e que não poderia revelar os professores ou para a polícia por medo de apanhar da mãe.

A mulher foi autuada em flagrante por homicídio qualificado pelo motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, crime praticado para ocultar outro crime; ocultação de cadáver e corrupção de menor. Ela foi encaminhada para o Presídio Feminino de Três Lagoas. Ela já tinha passagens por tráfico de drogas e furto.

A Polícia Civil pediu a prisão preventiva do padrasto da vítima, de 47 anos. Ele é apontado como suspeito de estupro de vulnerável e investigado por eventual participação no homicídio e ocultação de cadáver da vítima.

O adolescente foi apreendido e será recambiado para uma Unidade Educacional de Internação.