Um grupo de atiradores encapuzados invadiram uma casa em Realengo, na Zona Oeste do Rio,na noite desta quinta-feira (24), e assassinaram sete pessoas– cinco homens e duas mulheres – com tiros de fuzil e pistola. Segundo parentes e vizinhos das vítimas, o imóvel era usado como ponto para consumo de drogas. Agentes da Divisão de Homicídios assumiram a investigação do caso.
Os atiradores invadiram a casa pulando o muro com a ajuda de uma van, o veículo estava estacionado na calçada, bem próximo à parede, e funcionou como escada.
Pela manhã, a polícia já havia identificado o dono da van, que será uma das primeiras testemunhas ouvidas. Familiares e vizinhos também prestarão depoimento para explicar a relação de Tony Anderson Damásio Alves, dono da casa, com as drogas. No momento do crime, o grupo estaria reunido para consumir crack.
Segundo um tio Toni, era usuário de drogas havia cerca de dez anos. Por isso, a polícia trabalha com a possibilidade de execução. Criminosos da comunidade Vila Vintém poderiam ter encomendado a morte do grupo por conta de uma dívida de drogas.
“O Toni é uma vítima. Não teve talvez o que é necessário para todos nós crescermos na nossa existência de vida. E ele se deixou levar. Mas independente disso não era uma pessoa violenta. Era uma pessoa calma e bem respeitadora, contou Derval Antonio Gonçalves, tio de Toni.
O nome das pessoas que morreram na chacina são. Luan Santos da Cunha e Cleiton Guimarães – que não tiveram as idades divulgadas, Leandro Marcos Pereira, de 24 anos, Alex Prudêncio de Amorim, de 28, Amanda Silva, de 27 anos e o casal Toni Anderson Damásio Alves, de 37 anos, e Renata Soares da Silva, de 30 anos, que eram os donos da casa.
De acordo com um policial militar que atendeu a ocorrência,as vítimas foram colocadas juntas na varanda da casa e executadas com tiros de fuzil e pistola, os corpos estavam empilhados.
“Nas primeiras 48 horas a gente não tem como descartar nenhuma linha de investigação. A possibilidade de cobrança de dívidas de traficantes é uma hipótese que vai ser investigada, mas as outras não estão descartadas”, afirmou o delegado Pablo Rodrigues.