
Um sargento do 41º BPM (Irajá) admitiu em depoimento na 39ª DP (Pavuna) que errou ao atirar contra dois ocupantes de uma moto na Pavuna, Subúrbio do Rio, no fim da tarde desta quinta-feira (29). As duas vítimas morreram e moradores fizeram um protesto na comunidade. Um ônibus foi depredado e incendiado.
O disparo de um único tiro,atravessou os dois mototaxistas que passavam por uma rua na Pavuna, quando o policial atirou. A moto bateu num muro.
Jorge Lucas Paes e Tiago Guimarães morreram antes do socorro chegar. Um vídeo, gravado logo depois da ação, mostra os PMs cercados por moradores e parentes da vítima desesperados.
Moradores contaram que os dois mototaxistas foram confundidos com bandidos. A polícia militar reconheceu o erro. Os rapazes levavam um macaco hidráulico, equipamento usado para trocar o pneu de um carro. Um sargento achou que era uma arma e atirou.
O condutor perdeu o controle da direção e a moto bateu em um muro ,Tiago, que pilotava a moto, ia ser pai no mês que vem. .
Em nota, a Polícia Militar informou que o sargento confessou o ato e destacou que as famílias das duas vítimas receberam “solidariedade e apoio” por parte do comando do 41º BPM.
O caso será investigado pela Divisão de Homicídios, que realizou a perícia no local onde os dois rapazes foram mortos.
Protesto
Um ônibus da linha 372 (Pavuna-Passeio) fui apedrejado e incendiado na Avenida Automóvel Clube após as duas mortes. Policiais militares conseguiram apagar o fogo no coletivo, que foi esvaziado antes de ser depredado por cerca de dez jovens com os rostos cobertos por camisetas.
Em nota, a Rio Ônibus manifestou “repúdio” ao ataque. Segundo um levantamento do sindicato, 19 ônibus foram queimados neste ano na cidade. “Com o ataque de hoje, cerca de 70 mil passageiros potencialmente deixarão de ser transportados durante o período de reposição. O prejuízo acumulado com os 19 ataques em 2015 já soma R$ 6,4 milhões”, diz o texto