
O africano Souleymane Bah, de 47 anos, primeiro caso de paciente com suspeita de ebola no Brasil, chegou ao Rio de Janeiro da manhã desta sexta-feira, vindo de Cascavel, no Paraná, onde estava internado numa Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e ficará internado no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que é referência em doenças infecciosas.
O ministro da saúde Arthur Chioro disse em coletiva na manhã desta sexta-feira, em Brasília, que o africano de 47 anos, o primeiro suspeito de estar infectado pelo vírus ebola no Brasil, não apresenta sintomas da doença. De acordo com Arthur Chioro, Souleymane Bah chegou a Unidade de Pronto Atendimento de Cascavel, no Paraná, dizendo que havia tido febre no dia anterior, porém quando foi atendido ainda no Sul do país ele não apresentava nenhum dos sintomas da doença.
Segundo o ministro a situação está sob controle, e todos os procedimentos foram realizados no tempo previsto. Porém, a situação tomou esta proporção pelo histórico do paciente que chegou da Guiné, um dos países mais afetados pela doença na África, e por ele ter apresentado febre no 20º dia que saiu da África, limite máximo para o período de incubação da doença.
“[Ele não teve] nem hemorragia, nem diarreia, nem febre, nem vômito. A informação que ele reporta ao médico é que, na quarta-feira, teve febre, tosse e dor de garganta. O médico trabalha com as informações e sintomas que ele consegue detectar na consulta clínica”, complementou.
Arthur Chioro relatou que o africano disse ao médico no Paraná que ele apresentou alguns sintomas do ebola como febre, tosse e dor de garganta. O Ministério da Saúde informou a situação a Organização Mundial da Saúde por volta das 1h11 desta quinta-feira.
“Todos os procedimentos indicados no nosso protocolo foram efetivamente aplicados com muito êxito”, explicou.
Na coletiva, o ministro informou ainda que ao todo 64 pessoas tiveram contato com o paciente, sendo três de forma direta — funcionários da UPA — e quatro pessoas que vivem na mesma residência do africano. Arthur disse acreditar que essas pessoas são consideradas “de baixo risco” para a doença, mas farão monitoramento da temperatura uma vez por dia ao longo de 21 dias, à exceção dos profissionais de saúde, que farão duas vezes.
