
O Museu de Arte do Rio (MAR), instalado na Praça Mauá, no Centro, conquistou na última quarta-feira (02/04) o título de melhor construção de 2013 na categoria Museu, pelo voto popular do Architizer A+ Awards, o maior prêmio internacional de arquitetura do mundo. Inaugurado em 1º de março de 2013, o MAR representa um dos marcos do Porto Maravilha, programa de revitalização da Região Portuária que está transformando uma área de 5 milhões de metros quadrados.
Concebido pelo escritório Bernardes + Jacobsen Arquitetura, o MAR concorreu com os museus Heydar Aliyev Center (Azerbaijão), The New Rijksmuseum (Holanda), Zhujiajiao Museum of Humanities & Arts (China) e Danish Maritime Museum (Alemanha), que foi o vencedor pelo voto do júri técnico.
O Architizer A+ Awards é dividido em 60 categorias e conta com duas fases, sendo a primeira, quando um júri composto por 200 profissionais da área elege os cinco finalistas de cada grupo, e a segunda, em que o vencedor é escolhido por voto popular. A listagem dos vencedores pode ser conferida aqui.
O Museu de Arte do Rio possui cerca de 15 mil metros quadrados e ocupa dois prédios de perfis heterogêneos e interligados: o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o edifício vizinho, de estilo modernista, que já abrigou um terminal rodoviário. O antigo palacete abriga as salas de exposição do museu. O prédio vizinho dá vida à Escola do Olhar, ambiente voltado à produção, com foco na formação de educadores da rede pública de ensino, uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME). A união dos edifícios é realizada por uma passarela, que conecta o quinto andar da Escola ao terceiro do pavilhão de exposições, e a cobertura fluida em forma de onda, sustentada por 37 pilares dispostos sobre os dois prédios.
De acordo com o arquiteto Paulo Jacobsen, do escritório carioca Bernardes + Jacobsen, o grande desafio na concepção do projeto do MAR foi unir dois edifícios tão diferentes, criando uma identidade arquitetônica própria:
– Precisávamos conectar no projeto duas construções antagônicas, estabelecendo uma harmonia entre elas. Para conseguir isso, demos ao prédio da Escola do Olhar uma estética mais contemporânea e neutra. Os dois prédios foram ligados por um terceiro elemento, poético e carregado de significado, que é a cobertura fluida – explicou.
A construção do museu foi uma iniciativa da Prefeitura do Rio com o apoio da Fundação Roberto Marinho e patrocínio da Companhia Vale e das Organizações Globo. Além disso, é apoiado também pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.