O secretário estadual de Educação do Rio, Pedro Fernandes (PSC), foi preso na manhã de hoje em operação da Polícia Civil e do MP-RJ (Ministério Público do Rio) que apura supostos desvios de até R$ 30 milhões no governo fluminense e na prefeitura da capital. São cumpridos cinco mandados de prisão e seis de busca e apreensão. Além de Fernandes, a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) também está entre os alvos de mandados de prisão preventiva,. Cristiane é filha do ex-deputado Roberto Jefferson e pré-candidata à Prefeitura do Rio nas eleições de novembro.
Pedro Fernandes (PSC), está sendo investigado pela Polícia Civil por participação em esquemas de desvio de dinheiro. Pedro Fernandes teria recebido propina em contratos assinados pela Fundação Leão XIII,
Os contratos apurados pelo inquérito foram estabelecidos entre 2015 e 2018 e somam R$ 66,5 milhões. Eles seriam referentes ao programa “Novo Olhar”, que disponibiliza óculos a alunos da rede estadual. Na época, Fernandes era secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social da gestão do governador Pezão.
Pedro foi preso, segundo o MPRJ, por ações durante sua gestão na Secretaria Estadual de Tecnologia e Desenvolvimento Social nos governos de Sérgio Cabral e de Luiz Fernando Pezão — antes de assumir a Educação do RJ a convite de Wilson Witzel.
A Fundação Estadual Leão XIII, alvo da investigação, era vinculada à secretaria de Pedro. A investigação afirma que o secretário ficava com 20% do valor de contratos assinados – tudo dinheiro de propina, segundo o MP.
Ao receber voz de prisão, Pedro Fernandes apresentou um exame positivo de Covid-19, o que transformou a prisão preventiva em domiciliar.
Marcus Vinícius Azevedo da Silva, sócio da empresa Riomix, é um dos principais alvos do inquérito. Ele é acusado de comandar as fraudes nas licitações da Fundação Leão XIII. O nome de Pedro Fernandes foi apontado pela Polícia Civil a partir de um caderno e de um celular apreendidos com Marcus Vinícius.