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Representante morre no Carrefour e corpo é coberto com guarda-sóis

Um homem morreu em uma loja do Carrefour Brasil  no tradicional bairro da Torre, em Recife,  durante a manhã da última sexta-feira, e o corpo foi coberto com guarda-sóis e separado do movimento de clientes por meio de caixas e barreiras improvisadas no setor de bebidas da loja., enquanto o estabelecimento seguiu funcionando. O representante comercial Manoel Moisés Cavalcante de 59 anos, sofreu  um infarto enquanto exibia produtos da marca Coco do Vale.Manoel Moisés Cavalcante  chegou a receber os primeiros socorros, mas não resistiu,  e a rede francesa de supermercados não julgou  necessário fechar as portas em respeito à perda de um trabalhador.

A morte ocorreu dia 14, mas apenas nesta semana houve repercussão em redes sociais, com internautas criticando o fato de a loja ter seguido funcionando, apesar de o corpo não ter sido removido por autoridades.

De acordo com  funcionários que presenciaram o ataque cardíaco, Manoel Moisés Cavalcante morreu por volta de 7h30 e só foi levado do estabelecimento pelo serviço funerário depois das 11h. Em entrevista, a mulher do  representante criticou a conduta do supermercado por manter a loja aberta ao longo do intervalo de quase quatro horas. “Seria muita coisa se eles tivessem baixado as portas, mas, no momento, não pensaram no ser humano. Só pensaram no dinheiro”, afirmou Odeliva Cavalcante.
O Carrefour identificou o homem como Moisés Santos e disse, em nota, que a causa da morte foi infarto. A esposa do promotor, no entanto, afirmou que o nome dele era Manoel Moisés Cavalcante.

Embora Manoel Moisés Cavalcante  não fosse funcionário do supermercado, o Carrefour pediu desculpas em nota pela “forma inadequada” com que tratou sua morte. “A empresa errou ao não fechar a loja imediatamente após o ocorrido à espera do serviço funerário, bem como não encontrou a forma correta de proteger o corpo do senhor Manoel Moisés”, diz o comunicado. O Carrefour ainda informa ter acionado o Samu e seguido orientações para não retirar o corpo do local após o falecimento, além de alterado o protocolo de atuação em casos semelhantes, que passa a prever fechamento da loja “com o objetivo de trazer mais sensibilidade e respeito ao conduzir fatalidades”. A Coco do Vale, empregadora do Manoel Moisés Cavalcante , não se manifestou sobre o episódio. Em postagem mais recente nas redes sociais, a marca de bebidas ressalta que adota em sua fábrica, no litoral da Paraíba, “critérios, normas e procedimentos de ponta para atender às demandas de níveis de qualidade mundial”.
Em 2018, o Carrefour já havia entrado na mira de protestos após o segurança de uma loja em Osasco ter sido flagrado espancando a cadela Manchinha com uma barra de ferro no estacionamento do supermercado. Indiciado por maus-tratos, o vigia, que acabou afastado do trabalho, afirmou em depoimento à polícia que não teve a intenção de ferir o animal, morto por hemorragia em decorrência dos golpes. Depois das manifestações, o Carrefour anunciou a revisão de sua política interna sobre animais, estabelecendo orientação de conduta a colaboradores no trato com bichos abandonados no entorno de lojas.

No mesmo ano, outro supermercado da rede varejista na região metropolitana de São Paulo sofreu acusação de racismo. Um cliente negro e deficiente físico abriu uma lata de cerveja dentro da unidade do bairro Demarchi, em São Bernardo do Campo, e explicou, ao ser abordado por funcionários, que pagaria pelo produto no caixa. Entretanto, antes de terminar a justificativa, foi derrubado com um mata-leão pelo segurança da loja. Na época, a empresa lamentou o ocorrido e disse ter afastado os colaboradores envolvidos na abordagem.

Nota Oficial do Carrefour