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Filho acusa Flordelis de mandante da morte do marido

A deputada federal Flordelis (PSD), negou acusações feitas por um dos seus filhos adotivos, o vereador de São Gonçalo Wagner Andrade Pimenta, conhecido como Misael. Ele que disse à polícia que a mãe adotiva foi a mentora intelectual da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

Misael afirmou que Flordelis manipulou os filhos até encontrar um que tivesse coragem para matar o pai adotivo.

 

 

Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (21), a deputada negou as acusações do filho e disse que a postura de Misael é resultado de uma disputa política que teve início ainda em 2018.

“É muito sórdido tudo isso que o Misael tem feito com ela. Difícil de entender. O que ela percebe no Misael é uma ambição imensurável. Situação que ela começou a notar quando ele quis atropelar o projeto político do grupo e ser candidato a deputado estadual na eleição passada”, dizia a nota divulgada pela assessoria da deputada.

Para Flordelis, o atual vereador não gostou de ser preterido pela família. Segundo a nota, houve uma briga entre Misael e o pastor Anderson para decidir quem seria o candidato à prefeitura de São Gonçalo nas eleições de 2020.

“(Ele) teve uma discussão acirrada com o pastor Anderson para ser candidato a prefeito em São Gonçalo. E recebeu a decisão de que não seria ele, mas provavelmente ela própria (Flordelis). A contrariedade dele de não ter sido escolhido, como queria, para ser o candidato da família a deputado estadual e para, no próximo ano, disputar a Prefeitura de São Gonçalo não justifica tamanha crueldade e ingratidão”, dizia.

Filho rompeu com Flordelis dias depois da morte do pai

Eleito vereador em 2016 com o nome de Misael da Flordelis, o filho adotivo rompeu com a mãe poucos dias depois da morte do pai, assassinado no dia 16 de junho, com vários tiros, na garagem da casa da família, em Pendotiba, Niterói.

Misael, que também é pastor, deixou de frequentar o ministério Flordelis, igreja fundado pelos pais.

Entre as acusações feitas em seu depoimento à Polícia Civil, Misael também afirmou que em outubro do ano passado, Anderson ficou internado no hospital por cinco dias por conta de um possível envenenamento.

Sobre esse fato, a nota de Flordelis diz que essa acusação seria uma “mentira estupidamente maior”.

Outros três filhos adotivos também prestaram depoimento e implicaram a mãe.

Flávio dos Santos Rodrigues, que é filho biológico de Flordelis, e Lucas Cézar dos Santos, outro filho adotivo do casal, são réus e estão presos pelo assassinato. Eles são acusados de de homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos.

Em seu depoimento à polícia, Maria Edna Virgínio Oliveira, 64 anos,mãe do pastor Anderson do Carmo sogra da deputada federal Flordelis de Souza, levou mais elementos que podem envolver a parlamentar na morte do marido. Maria Edna relatou que seu filho era envenenado nas refeições e que a morte teria sido encomendada após o veneno não surtir efeito. 

As declarações foram feitas no dia 24 de julho, na sede da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), em Niterói, Região Metropolitana do Rio. Maria Edna disse ainda que Anderson era maltratado por Flordelis, que estava sendo roubado e que teria como amante uma das filhas biológicas da parlamentar, com quem teve um relacionamento antes de se casar com a pastora. 

Maria Edna começou o depoimento relembrando como os dois se conheceram, na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio. Ela contou como Flordelis, aos 30 anos, começou a namorar seu filho, de apenas 14 anos de idade e que, nessa época, Anderson namorava uma das filhas biológicas da pastora, terminando a relação para ficar com a mãe da jovem.