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Barão de Cocais uma cidade à espera da destruição

A Agência Nacional de Mineração informou que a velocidade de movimentação do talude norte, da mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais segue na média de 42 centímetros por dia.

Até o momento não foi possível catalogar os deslocamentos em pontos isolados e permanece ainda a tendência de escorregamento do talude para o fundo da cava.

A princípio, a preocupação com o desabamento do talude é de que a vibração causada seja suficiente para romper a barragem de rejeitos.

Caso isso ocorra, em cerca de cinco minutos o distrito de Barão de Cocais pode ser atingido.

Embora os sítios permaneçam de pé e as plantações continuem florescendo, não há mais ninguém por lá que se beneficie das colheitas. Isso desde a madrugada de 8 de fevereiro, quando os moradores acordaram com disparo de sirenes e foram retirados às pressas por causa do risco iminente de rompimento de uma barragem vizinha. Sob mira da lama de rejeitos, o povoado ficou deserto, até o gado foi removido.

O lamaçal pode engolir ainda os distritos de Tabuleiro, Piteiras e Vila do Gongo, que formam a chamada zona de autossalvamento, onde não haveria sequer tempo de correr.

Por isso, todos os 458 habitantes foram realojados em hotéis ou casas fora de risco, alugadas pela Vale. Deixaram para trás lavoura, animais, móveis, roupas, documentos e a própria rotina.

O talude é um paredão que fica acima da cava de mineração na Mina de Gongo Soco, de onde é retirado o minério de ferro.

De acordo com o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, 27 militares estão na região da Barragem Sul Superior, de prontidão, com 10 viaturas.

Os militares envolvidos na operação  fizeram  neste domingo (2) um reconhecimento dos 07 pontos de encontro em Barão de Cocais.

(Fonte  Agência Brasil)