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Polícia investiga vereadores para apurar participação na morte de Marielle

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil conseguiu na Justiça a quebra do sigilo telefônico de vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, para apurar possível ligação com a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março . Os investigadores querem saber se o número do celular do motorista do carro usado no crime fez contatou com algum dos parlamentares nas horas próximas à execução. Até agora, oito vereadores foram ouvidos, mas todos na condição de testemunhas. O mais recente aconteceu nesta quinta-feira (6), quando o vereador e policial militar Jair Barbosa Tavares, o Zico Bacana (PHS), foi convocado para explicar por que recebeu em seu gabinete três homens – entre eles um ex-policial militar indiciado na CPI das Milícias, na qual Marielle atuou -, horas antes do crime. Ele disse que não lembrava da participação de Marielle na CPI das Milícias, nem mantinha muito contato com a vereadora do PSOLEm 2008, Zico Bacana foi citado na CPI das Milícias por possível participação em grupo organizado que atuava em favelas de Guadalupe. De acordo com a publicação, Zico Bacana estava sumido da Câmara desde o assassinato da vereadora. No dia seguinte aos homicídios, enquanto os corpos eram velados no salão nobre da Câmara, o parlamentar comemorava o nascimento de um filho. Na última quarta-feira (4), Zico Bacana voltou à Câmara com a certidão de nascimento do bebê, para justificar as ausências nas últimas seis sessões.

Os vereadores do PSOL, Renato Cinco e João Batista Oliveira de Araújo, o Babá; e Ítalo Ciba, do Avante, prestaram depoimento na delegacia de homicídios na quarta-feira (4). Todos foram ouvidos como testemunhas.