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Roraima divulga sete casos de sarampo na capital

A Secretaria Estadual de Saúde de Roraima divulgou nesta terça-feira (20) que sete casos suspeitos de sarampo estão sob investigação — entre eles, cinco meninos e duas meninas, uma delas brasileira; todas na faixa etária de 7 meses e 10 anos e residentes da capital Boa Vista. Nenhuma havia tomado vacina.

Após a confirmação da doença em uma menina venezuelana de 1 ano na quarta-feira passada, profissionais de saúde realizaram mutirão para vacinar os estrangeiros alojados em abrigos de Boa Vista. Cerca de duas mil doses foram disponibilizadas pela Secretaria Estadual de Saúde.

A confirmação foi realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que aguarda as demais possíveis amostras contaminadas, que serão encaminhadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Roraima.

Caracterizado como doença infecciosa viral e extremamente contagiosa, os principais sintomas do sarampo são febre alta, manchas avermelhadas, tosse e olhos irritados, que aparecem entre o 10 e 14 dia após a exposição.

sarampo

O sarampo estava erradicado no Brasil desde 2015 e as autoridades já temiam o retorno da doença após o aumento da migração. A Venezuela enfrenta um surto de sarampo, aliada a uma crise política e econômica.

O Ministério da Saúde confirmou que vai enviar ao estado um lote extra de 80 mil doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), totalizando 84 mil doses repassadas em 2018. Por meio de nota, o ministério informou que enviou uma equipe a Roraima para auxiliar no planejamento de atividades de investigação e de imunização contra o sarampo.

A previsão é que, ainda nesta semana, o governo federal realize treinamento para profissionais de saúde do estado e da capital sobre aspectos gerais da doença e ações de vigilância epidemiológica a serem implementadas.

Atualmente, o Brasil não exige cartão de vacinação contra o sarampo para a entrada de estrangeiros no país – apenas recomenda a prevenção contra a doença de acordo com as normas de seu país antes da viagem.

“A Opas e o Comitê Internacional de Especialistas para a Eliminação do Sarampo e da Rubéola recomendam a todos os países das Américas que fortaleçam a vigilância ativa e mantenham a imunidade da população por meio da vacinação”, concluiu o ministério.