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Justiça libera presos suspeitos de depredar Sindicato no Rio

O juízo da 37ª Vara Criminal da Capital decidiu nesta quinta-feira (25) relaxar a prisão dos 203 presos suspeitos de depredar a sede do Sindicado dos Comerciários, no último dia 17 de junho. Os detidos teriam confessado que foram contratados para fazer confusão na eleição para a presidência do sindicato.

Na decisão do juiz Marcos Augusto Ramos Peixoto, ele destacou que os indiciados permaneceram detidos por mais de seis dias sem o pedido de conversão da prisão em flagrante para preventiva e sem a oferta de denúncia do Ministério Público, e sem a análise judicial de suas custódias cautelares, revelando-se a custódia ilegal, conforme previsto no inciso LXII do artigo 5º da Constituição Federal, ao artigo 7.5 da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), no parágrafo 1º do artigo 306 e no artigo 310 do Código de Processo Penal .

“Ressalto, por fim, que não tendo pleiteado o decreto de conversão das prisões em preventivas a partir de sua própria comunicação do flagrante, isto torna lícito concluir que não vislumbrou, ainda, o Ministério Público, indícios suficientes a caracterizar a justa causa seja para prender, seja para denunciar”, completou o juiz.

 Os suspeitos depredaram a sede do Sindicato dos Comerciários, na Rua André Cavalcanti, no Centro do Rio. O grupo foi detido por agentes da Operação Lapa Presente nas imediações da sede do sindicato.

Segundo a polícia, os detidos vieram de São Paulo em dois ônibus e confessaram que foram contratados para fazer confusão na eleição para presidência do sindicato, que está marcada para acontecer nesta quarta. Com eles foram apreendidos rojões, cassetetes e soco inglês. Os oito andares do prédio do sindicato foram depredados.