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Papa pede diálogo entre oposição e governo da Venezuela

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O papa Francisco fez hoje (26) na Praça São Pedro, no Vaticano, chamado aos políticos e ao povo venezuelanos para que predomine “o perdão recíproco e o diálogo sincero”, na solução dos conflitos causadores dos protestos das últimas duas semanas, que até agora provocaram a morte de pelo menos 14 pessoas e deixaram mais de 140 feridos.

“Sigo com particular preocupação o que está acontecendo nestes dias na Venezuela. Desejo, vivamente, que a violência e hostilidades cessem o quanto antes, e que todo o povo venezuelano, começando pelos responsáveis políticos e institucionais, não poupe esforços para favorecer a reconciliação nacional”, disse.

Ele afirmou estar em constante oração, especialmente por aqueles que perderam a vida nos enfrentamentos. “Por seus familiares, convido também a todos os crentes a elevar súplicas a Deus”, acrescentou.

Além das declarações aos fiéis na praça São Pedro, a Igreja Católica se pronunciou em comunicado emitido pela Presidência da Conferência Episcopal Venezuela. Os bispos afirmaram lamentar os últimos acontecimentos, pela carga de violência, os mortos e feridos, e a destruição de patrimônio familiar e institucional.

“Os falecidos e feridos não pertencem nem ao governo, nem à oposição. Pertencem aos seus familiares e ao povo da Venezuela, sem distinções, e nem cores”, diz o comunicado.

A Conferência Episcopal da Venezuela disse que os estudantes “devem ter garantias para promover manifestações, de acordo com o estabelecido na constituição do país”. E frisou: “Contudo, sem violência”.

O papa Francisco recebeu o presidente Nicolás Maduro em junho do ano passado. E o governador do estado de Miranda, Henrique Capriles, representante da oposição, em novembro do mesmo ano. A região mais praticada na Venezuela é o catolicismo.

Agência Brasil/EBC*