Destaques

Fábrica de linha chilena e interditada em Jacarepaguá

200214_DCAV

Uma fábrica clandestina de linha chilena foi interditada, nesta quarta-feira (19/02), na Rua Guaravera, em Curicica, Jacarepaguá,durante ação de policiais da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).  

No local foram apreendidos milhares de rolos de linhas já prontas para venda e outras a serem confeccionadas com o cerol. Segundo as informações, a fábrica não utilizava vidro moído, mas alumínio em pó, que através de processo específico se adere à linha, tornando-se muito mais cortável e perigoso.

Três máquinas de produção foram encontradas no imóvel, além de diversos sacos de substâncias químicas nocivas à saúde. Todo material utilizado para a fabricação foi apreendido e periciado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

Jean Maciel da Silva e um adolescente de 15 anos, foram encontrados trabalhando no estabelecimento. Em depoimento, Jean Maciel contou que a fábrica funciona há cerca de 10 anos, e que outros menores trabalhavam lá, mas deixaram o emprego há cerca de um mês.

Ele disse ainda que os funcionários faziam hora extra a fim de cumprir a produção de três caixas do carretel grande e quatro do pequeno, cada caixa com 50 unidades.

O carretel grande era vendido a 25 reais e o pequeno era cobrado o valor de 18 reais. A fábrica lucrava R$180 mil por mês.

Jean Maciel vai responder pelos crimes de perigo e substância nociva à saúde pública. O adolescente responderá pelos atos infracionais análogos. Ele foi entregue ao seu pai, que assinou termo de responsabilidade, para apresentação ao Juizado da Infância e Juventude.

O proprietário da fábrica, Carlos Alberto de Moraes Teixeira vai responder pelos crimes de perigo e substância nociva à saúde pública, corrupção de menores e maus tratos por empregar adolescentes abaixo de 16 anos em locais impróprios e insalubres, configurando o chamado trabalho infantil, proibido por lei.