Na noite desta quarta-feira (31/07) por manifestantes, o prédio da Câmara dos Vereadores foi ocupado que entraram, sem resistência, por uma porta lateral. Após a entrada de alguns manifestantes, a polícia bloqueou os demais.
Por fora do prédio, oito manifestantes conseguiram escalar e chegaram até a lateral da edificação. Eles penduraram faixas e cartazes na sede do Legislativo municipal. A Polícia Militar está negociando para que os manifestntes deixem o prédio.
Mais cedo, o procurador-geral da Justiça, Marfan Vieira, recebeu uma carta de reivindicações de cerca de 700 pessoas. O grupo, que foi convocado pelos Black Blocs, por meio do Facebook, seguiu da Cinelândia até o prédio do Ministério Público, e também ocupou as escadarias do prédio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Houve um princípio de confusão na esquina da Rua México, quando um PM discutiu com um manifestante. Uma pessoa foi detida, segundo informações do advogado da OAB que acompanha o protesto. Mais cedo, alguns manifestantes chegaram a subir nas estátuas da Alerj. Um policial apreendeu uma garrafa de vinagre com um jovem. Os manifestantes gritam que estão juntos com o grupo de São Paulo.
Com medo, os comerciantes fecharam as lanchontes na Rua Franklin Roosevelt e Avenida Churchill, próximo ao prédio do MP, com receio de atos de vandalismo. Ao todo, 380 militares acompanham o ato. Na Avenida República do Paraguai, há mais onze veículos do Batalhão de Choque estacionados, com policiais de prontidão.
Agora, por volta das 21:50 os policiais tentaram desocupar a Câmara com uma grande quantidade de policiais, muito mais do que o número de manifestantes. Porém, os manifestantes nesse momento, sentaram no chão da Câmara impedindo dessa forma, a saída de todos da Câmara de Vereadores. Segundo informações de manifestantes que subiram até o segundo andar da Câmara não houve nada quebrado, nesse momento estão tentando buscar fotos ou filmagens que provem que nada foi destruído por meio dos manifestantes.
Exatamente às 22:05 começaram a chegar muito mais policiais na Câmara e se ouvem muito estouros do lado de fora.
Às 22:08 a ordem parlamentar anunciou que irá sair e a OAB também anunciou que irá sair. A polícia pede nesse momento que todos os manifestantes saiam da Câmara para que os policiais possam fazer o seu trabalho lá fora pois precisam dos dos policiais na rua.
Representantes da OAB que ainda estão no local aconselharam que os manifestantes saiam, senão pelo contrário serão duramente reprimidos sem a presença deles (os advogados da OAB). Os manifestantes estão completamente cercados e está acontecendo um empurra-empurra para que os manifestantes saiam.
Segundo manifestantes, agora por volta das 22:15, os policiais estão batendo e tudo está sendo registrado nesse momento. O gás de pimenta começou a ser lançado assim que todos os manifestantes sairam e há relatos de disparos de taser por parte dos policiais em alguns manifestantes. Eles relatam que apanharam com cacetetes e uma das manifestantes relatou que apanhou na cara.
Manifestantes relatam o tempo todo que o número de policiais era muito maior do que o número de manifestantes e por isso conseguiram através da “força” retirar todos os manifestantes de dentro da Câmara do Rio. Eles dizem que as bombas ouvidas do lado de fora era para dispersar os manifestantes que ainda estavam na rua dando apoio aos que estavam do lado de dentro da Câmara e logo após ser feito pela polícia uma espécie de “Corredor Polonês”, e consequentemente conseguiram a saída dos manifestantes.