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Policiais civis fazem manifestação na Avenida Paulista por reposição salarial

Policiais civis de São Paulo fizeram hoje (11) uma manifestação no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) reivindicando, principalmente, reposição salarial, aposentadoria especial e reestruturação das carreiras policiais. A categoria ameaça entrar em greve a partir de agosto caso o governo não abra negociação. O protesto, que começou por volta das 15h, foi pacífico e fechou apenas uma das faixas da Avenida Paulista, sentido Paraíso-Consolação, em frente ao Masp.

“Este ato é o início de uma mobilização contra a atual situação caótica em que se encontra a segurança pública no estado de São Paulo. Encaminhamos vários ofícios ao governo para nos receber e não tivemos nenhuma resposta”, disse João Rebouças, presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo.

O ato dos policiais civis também teve a participação de representantes da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de São Paulo, da Associação dos Praças da Polícia Militar e de policiais da reserva. “Acredito que a reivindicação da Polícia Civil também é a da Militar”, disse Geraldo do Espírito Santo Neto, diretor da Associação dos Praças.

No próximo dia 5 de julho, os policiais civis deverão se reunir no Sindicato dos Bancários para elaborar um plano de propostas que será encaminhado ao governo do estado. “Se até 31 de julho ele [governo] ignorar [as reivindicações], aí então haverá greve”, disse Rebouças.

Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre a manifestação dos policiais civis.

Além da manifestação dos policiais civis, a Avenida Paulista foi tomada hoje (11) por mais dois atos de protesto: o dos servidores da área da saúde do estado e do movimento pelo passe livre, que, neste momento, ocupa parte da Avenida Paulista.

A manifestação dos servidores da saúde ocorreu ao mesmo que a dos policiais civis. Os servidores reivindicam 32,2% de reposição de perdas salariais dos últimos cinco anos e aumento no auxílio-alimentação (para R$ 26,22). Eles estão parados há 42 dias. Parte dos manifestantes está desde a semana passada acampada na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Segundo Gervásio Foganholi, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde do Estado de São Paulo (SindSaúde-SP), 32 unidades de saúde em todo o estado estão paradas, incluindo hospitais.

A Secretaria Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que vem promovendo “uma política consistente de valorização dos servidores da saúde”, que não tem sido reconhecida pelo sindicato. A secretaria disse ainda que mantém negociação com o SindSaúde, mas que determinou o corte do ponto dos funcionários que aderiram à greve em todo o estado. “Apenas quatro das 203 unidades estaduais de saúde foram afetadas e, mesmo assim, de forma parcial”. A secretaria também informou que pretende fazer um mutirão de saúde para atender aos pacientes prejudicados pela greve.

 

Fonte Agência Brasil