Aproximadamente 200 pessoas participaram da caminhada na manhã deste sábado, em Realengo (Zona Oeste), para lembrar a morte de 12 alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, que completou um mês hoje (07/05). Participaram da caminhada professores, pais e amigos das vítimas do massacre, se reunindo na frente da escola por volta das 9h onde se dividia a dor da perda das crianças. Antes de darem inicio caminhada, os manifestantes assistiram à execução do Hino Nacional e pombos brancos foram soltos, representando a paz, após, os pais estenderam um varal com 12 camisetas, cada uma com a foto de uma das vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira (24 anos). Os rostos das crianças também estampavam balões coloridos que os pais levavam em suas mãos e distribuiram rosas brancas para quem acompanhava a caminhada.
A caminhada partiu do colégio e percorreu cerca de 5 quilômetros do bairro. Os manifestantes carregavam Balões com fotos das vítimas e faixas com pedidos de paz. O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, celebrou na Igreja Cristo Libertador, em Realengo, a missa de um mês da morte das vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira. No dia 27, os pais devem se reunir com o prefeito Eduardo Paes para que ele possa ouvir suas reivindicações sobre a segurança na escola e no entorno. A manifestação que teve como objetivo homenagear às vítimas e lembrar da dor de perder alguém tão próximo. Alguns pais não conseguiram ir à manifestação e foram representados por parentes.
O jovem Wellington, tirou a vida de tantas famílias, era um rapaz solitário e tinha somente 24 anos. Segundo familiares dele, o jovem nunca teve amigos e passava quase o dia inteiro na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio. Esse caso veio para nos mostrar que a vida anda perdendo o seu valor, é uma verdadeira “banalização da vida”. Temos todos os dias notícias em jornais impressos ou até mesmo pela televisão como os seres humanos estão ficando cruéis, a ponto de tirar a vida de seus próprios entes. Outra questão que temos que levar em conta e cobrarmos ações das escolas, é que promovam projetos internos para acabar com as “brincadeiras sem graça” que são feitas no ambiente escolar, pois é um assunto sério que no caso do jovem Wellington tomou uma proporção fatal.